| Mensagens enviadas por Edslene Schutz  31/01/02 - Olhem só... Acreditem se quiserem... Boa semana... Edslene/James/Júnior/Lydia 
          Pense nisso > > > > > A CLONE > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > por Mylton > 
          > > > > Severiano > > > > > > > > > > > > > > > O mais legítimo sentido 
          do título da > atual novela > > > > > global de Glória > > > > > Perez 
          configurou-se dia 15 de janeiro de > 2002 e > > > > > capítulos seguintes. 
          Os > > > > > atores nos propiciaram momentos sublimes da > história 
          > > > > > universal da > > > > > empulhação. > > > > > A seqüência constituiu 
          aquilo que os > marketeiros > > > > > chamam de > > > > > merchandising: 
          propaganda disfarçada. Nos > intervalos, > > > > > comerciais com > 
          > > > > Roseana. Na novela, os atores se esmerando > em dizer > > > 
          > > quão maravilhoso é > > > > > o > > > > > Maranhão. Que céu, que 
          natureza, que povo, > que tudo. > > > > > Nada se iguala. > > > > > 
          Crianças brincando, lavadeiras sorridentes. > > > > > Bumba-meu-boi. 
          Só alegria! > > > > > Tudo pago com dinheiro do povo maranhense, o > 
          mais > > > > > pobre do Brasil > > > > > conforme > > > > > o IBGE (Instituto 
          Brasileiro de Geografia e > > > > > Estatística). > > > > > Outro dia, 
          encontrei colega do ramo da > televisão. > > > > > Vamos chamá-lo > 
          > > > > de > > > > > Rei. A mídia ainda não falava em Roseana. > Ainda 
          não a > > > > > haviam enfiado > > > > > nas > > > > > pesquisas "estimuladas". 
          Mas entre os que > trabalham > > > > > com jornalismo e > > > > > atividades 
          afins já se especulava sobre qual > mágica as > > > > > elites > > > 
          > > aprontariam > > > > > em 2002 para abater o velho freguês do PT. 
          > Alguém na > > > > > roda lembrou > > > > > Roseana: > > > > > "É mulher, 
          é bonita, não é queimada..." > > > > > O Rei me chamou de lado e contou. 
          Faz > uns dois > > > > > anos, ele esteve em > > > > > São > > > > > 
          Luís com equipe de tv gravando Roseana, para > programa > > > > > do 
          PFL. O diretor > > > > > de > > > > > cena sugeriu: > > > > > "Governadora, 
          que tal sairmos do gabinete? É > ambiente > > > > > frio, > > > > > 
          artificial." > > > > > Da janela do palácio, mostrou a multidão de > 
          > > > > maranhenses passando na > > > > > rua: > > > > > "A senhora 
          podia ficar lá no meio do > povo..." > > > > > Roseana cortou rente: 
          > > > > > "No meio do povo?" > > > > > Fez muxoxo de nojo, como quem 
          diz > "aquilo fede". > > > > > E gravou no > > > > > gabinete > > > 
          > > perfumado, no bembom do ar refrigerado. O > diretor > > > > > ficou 
          de, mais tarde, > > > > > esquentar a cena, providenciando o povo ao 
          > fundo, por > > > > > meio de truque > > > > > eletrônico. Povo virtual. 
          > > > > > Assim que surgiu o "fenômeno Roseana", > em milhões > > > 
          > > de cabeças > > > > > brasileiras veio a comparação com o > "fenômeno 
          Collor" > > > > > Alguns paralelos: > > > > > - ricos e bonitos > > 
          > > > - filhos de oligarcas > > > > > - formados em Estados miseráveis 
          onde as > elites cevam > > > > > a perpetuação do > > > > > poder na 
          miséria do povo > > > > > - família detentora do monopólio da > comunicação 
          > > > > > regional, dominando > > > > > principais jornais, rádios e 
          tvs, > principalmente as > > > > > afiliadas estaduais > > > > > da 
          > > > > > Rede Globo > > > > > - lançamento do "fenômeno" com apoio 
          de > profissionais > > > > > da propaganda, > > > > > tal > > > > > 
          como se vende qualquer "novo" produto > > > > > - leniência, complacência, 
          estímulo, > cumplicidade e > > > > > apoio da mídia > > > > > gorda 
          > > > > > - capa da Veja abrindo caminho (Collor: > caçador de > > > 
          > > marajás; Roseana: o > > > > > fenômeno) > > > > > - apoio da Rede 
          Globo > > > > > O clã Sarney vem governando há quase 40 > anos o > > 
          > > > Maranhão. Pense num > > > > > país desgraçado. Suazilândia. Em 
          quesitos > como > > > > > mortalidade infantil, > > > > > analfabetismo 
          e IDH (Índice de > Desenvolvimento > > > > > Humano), estão parelhos 
          > > > > > Sarneylândia e Suazilândia. Pela gordura dos > cachorros > 
          > > > > se conhece o > > > > > dono. > > > > > Conversei com dois colegas 
          jornalistas > > > > > maranhenses, o jovem Fábio > > > > > Lopes e o 
          veterano Chico Vianna, este também > médico. > > > > > Faz gosto sentir 
          a > > > > > indignação com que reagem à estratégia ora > tentada > > 
          > > > para transformar a > > > > > olicarcazinha em estadista. Alguns 
          tópicos > da conversa > > > > > telefônica com > > > > > os > > > > 
          > dois: > > > > > - O governo Roseana bancou a produção da > seqüência 
          da > > > > > novela em terras > > > > > maranhenses, deslocamento e 
          hospedagem para > 20 > > > > > pessoas, fora imagens > > > > > aéreas. 
          > > > > > - Roseana, diz Fábio, não se sustenta num > debate, "é > > 
          > > > despreparada". > > > > > Incapaz > > > > > por exemplo de se manifestar 
          sobre a Alca. > > > > > - Em sete anos de governo, Roseana não > construiu 
          > > > > > sequer uma sala de > > > > > aula, > > > > > não ampliou o 
          sistema de saúde pública em > sequer um > > > > > leito; "a saúde > 
          > > > > está um > > > > > caos", diz Chico. > > > > > - Imprensa, rádio 
          e tv vivem em > "promiscuidade" com o > > > > > governo e as > > > > 
          > elites, > > > > > esquema que vem sendo montado há anos: > "Cercaram 
          a > > > > > moita", diz Chico, > > > > > que > > > > > garante: "Noventa 
          por cento dos colegas que > cobrem a > > > > > Assembléia estão > > 
          > > > na > > > > > folha." > > > > > - A "amizade" dos Sarney com a 
          Globo segue o > "é dando > > > > > que se recebe", > > > > > lembram-se? 
          Dois exemplos: > > > > > 1. A Secretaria da Educação diz que não > é 
          > > > > > necessário construir > > > > > escola, > > > > > graças ao 
          miraculoso ensino à distância. Ao > custo de > > > > > R$ 114 milhões, 
          a > > > > > Fundação Roberto Marinho implantou lá o tal > ensino. > 
          > > > > "Se o IBGE fizer um > > > > > estudo, dá todo o Maranhão com 
          segundo grau. > Mas cada > > > > > fita tem 15 > > > > > minutos, > 
          > > > > para aulas de uma hora, o resto do tempo o > aluno fica > > 
          > > > flanando. Tem > > > > > professor de História em sala de Matemática. 
          > É uma > > > > > esculhambação", diz > > > > > Chico. "E o Brasil não 
          sabe." Chico fez as > contas, > > > > > superestimando > > > > > custos, 
          > > > > > apurou no máximo R$ 58 milhões. Ou seja, > lucro de R$ > > 
          > > > 56 milhões para o > > > > > "doutor Roberto". > > > > > 2. Dos 
          R$ 10 milhões de verba para o > Campeonato > > > > > Sul-Americano de 
          > > > > > Vôlei, foram R$ 8 milhões para o evento. E > R$ 2 > > > > 
          > milhões para divulgação > > > > > Onde? Na Globo, que pertence à família 
          da > candidata a > > > > > estadista. > > > > > Chico falou mais de 
          meia hora ao > telefone. Diz > > > > > que, com mais > > > > > tempo, 
          > > > > > tem muito mais a relatar. O caso dos aviões, > das > > > > 
          > estradas... Tal como > > > > > na > > > > > ascensão de Collor, parece 
          que a mídia gorda > não está > > > > > a fim de mostrar > > > > > nada. 
          Treze anos atrás, o "doutor Roberto" > disse que > > > > > apoiava Collor 
          > > > > > porque > > > > > era o mais "moderno". Agora começa a apoiar 
          > Roseana, a > > > > > clone. Deve ser > > > > > tão > > > > > moderna 
          quanto foi o Collor. > > > > > Puxa vida. Vão ser modernos assim no 
          > quinto dos > > > > > infernos. > > > > > > > > > > Mylton Severiano 
          é jornalista
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