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MENSAGENS

ÍNDICE .
01.Você tem uma árvore? (25/09/06)
02. O PERIGO DE UMA ADORAÇÃO SÓ COM A MENTE! (02/10/06)


01.Você tem uma árvore?
Certa vez li um texto que contava uma linda experiência: É a história de um carpinteiro que , após um dia exaustivo de trabalho, retornou ao seu lar acompanhado de seu chefe.
Antes de entrarem em sua casa, o carpinteiro parou em uma pequena árvore e gentilmente tocou as pontas dos galhos com suas mãos.
Quando aquela porta se abriu, os traços tensos de seu rosto se transformaram e, com um grande sorriso nos lábios, abraçou sua esposa e filhos.
Mais tarde, o carpinteiro levou seu chefe até o carro: seu chefe lhe perguntou porque havia tocado na árvore.
Respondeu o carpinteiro: “essa é minha árvore dos problemas, não posso evita-los, mas sei que não posso trazê-los à minha família. Então resolvi que toda noite eu deixaria os meus problemas nessa árvore os pegaria na manhã seguinte.”
Continuou o carpinteiro: “todas as manhas quando eu volto para pegar meus problemas, eles não são nem a metade do que eu me lembro de ter deixado na noite anterior...”
Quantas vezes caímos nessa armadilha, permitindo que as dificuldades interfiram em nossa vida e em nosso lar, tirando-nos a paz e a tranqüilidade, impossibilitando que tenhamos momentos alegres junto aos nossos familiares. É preciso refletir sobre nossas atividades como maridos, esposas e filhos.
Desafio você que comece agora a mudança, se você não tem uma árvore em frente a sua casa, crie uma em sua imaginação e deixe seus problemas lá fora. Não se pode descarregar na família as dificuldades que se recebeu no trabalho ou na rua.
Os familiares não têm culpa de as coisas não saírem como se gosta ou espera. Se estiver nervoso dê um tempo, certamente Deus lhe ajudará a encontrar o equilíbrio necessário.
Em nossa casa procuramos nos conhecer, exercitamos diariamente o cuidado um com o outro. Às vezes, não é fácil, mas Deus tem nos ensinado a amar e respeitar cada um. É preciso lembrar que a família é nossa maior herança.
Pr. Mauro Jaques Batistas em Igrejinha (21/09/06)


Amados, em anexo deixo mais uma mensagem que Deus tem usado para transformar minha vida e ministério. Espero que seja útil.
 
Em Cristo,
 
Pr. Mauro Jaques
Igfrejinha/RS
 
02. O PERIGO DE UMA ADORAÇÃO SÓ COM A MENTE! (02/10/06)
 
João 3.1-8
 
- Sempre é bom lembrar que estamos trabalhando nas quintas pelo equilíbrio em nossa adoração! Na quinta passada eu fiz uma citação de cabeça, que quero fazê-la agora na integra sobre o conceito de “embriaguez espiritual”: momento em que “a pessoa sente uma fragrância, um cheiro suave que conforta a alma e o corpo. Outras vezes sente um gosto, um sabor na língua, dando-lhe refrigério. Às vezes começa a dançar. Juan de Jesus Maria, no livro Escola de Oração chama isso de embriaguez espiritual”.
 
- Faço essa citação para servir de pontapé ao tema proposto nessa noite que tem por objetivo verificar que a intelectualidade por si só não pode aproximar o homem de Deus. Santo Agostinho vai dizer que o desenvolvimento intelectual depende de uma particular e direta iluminação de Deus para se desenvolver. Logo, crer não é pensar, mas, é também pensar!
 
- O que vemos hoje na mente de muitos (aqui incluo jovens líderes, estudantes, homens muito próximos dos livros) é uma visão muito limitada da atuação do Espírito Santo. Para estes, o Espírito é previsível e controlável aos seus próprios esquemas de sistematização. Eles escrevem na direção de que, pelo saber pode-se chegar ao conhecimento da verdade. Mas, isso não tem base bíblica! Afinal de contas, Paulo vai dizer que o homem natural não pode compreender as coisas espirituais! (I Corintios 2.14)
 
- Não adianta saber articular pensamentos dos mais profundos, ler obras dos mais brilhantes pensadores, interagir com várias escolas científicas... sem o conhecimento de Deus, toda sabedoria se torna sem sentido... é como diz o autor de Eclesiastes: “o que aumenta o conhecimento, aumenta a tristeza...”
 
- Em nossa adoração a Deus precisamos estar atentos se o estamos sendo guiados por aquilo que tenho chamado de “tirania da razão”. É nisso que esse encontro de Jesus com Nicodemos tem para nos ensinar: o saber humano precisa estar sujeito ao conhecimento de Deus, se não isso gera um verdadeiro bloqueio para o entendimento de realidades espirituais.
 
FT. O perigo de uma adoração só com a mente existe porque:
 
01. O desenvolvimento intelectual não preenche o vazio do ser. (vv. 1-3)
 
1 Havia um fariseu chamado Nicodemos, uma autoridade entre os judeus. 2 Ele veio a Jesus, à noite, e disse: "Mestre, sabemos que ensinas da parte de Deus, pois ninguém pode realizar os sinais miraculosos que estás fazendo, se Deus não estiver com ele". 3 Em resposta, Jesus declarou: "Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo{1} ".
 
- Nicodemos pertencia a um dos grupos mais estritamente intelectuais de dentro do judaísmo: ele era um fariseu, não um simples fariseu, mas “uma autoridade entre os judeus”. Ele integrava o Sinédrio, uma espécie de “Supremo Tribunal de Justiça” daquele tempo. Ele era um estudioso das leis e princípios da fé judaica.
 
- Agora, na sua procura por Jesus podemos precisar que: havia inquietações em sua alma que sua intelectualidade não havia satisfeito por completo. Nem tudo estava nos livros, nas fontes primárias e secundárias a que ele tinha acesso. Por isso, ele resolve ir até Jesus, correndo o risco de ser taxado como um fanático religioso ou um desertor da sua fé adquirida à “ferro e fogo”.
 
- Mas, ele não se importava: mesmo ele sendo acostumado a tratar das questões dos outros, quando ele era procurado pela sua sabedoria em lidar com assuntos sociais, jurídicos e religiosos, agora o seu coração sangrava por uma ansiedade (como Lutero) que o atormentava dia e noite!
 
- Em outras palavras, concordo com pr. Fernando Fernandes: “Nicodemos era um homem extremamente rico em cultura, porém, pobre espiritualmente”. Isso é impressionante: há quem se orgulhe do seu saber intelectual, seja um amante dos livros e da pesquisa, consiga reunir em sua mente as confrontações mais brilhantes de diversos teóricos... mas, quando olha para si percebe um vazio, um rombo, provocado por uma ausência: ausência de Deus!
 
- Lembro-me de uma fala sobre a existência de Deus feita por um intelectual: “Certamente Deus não morre no momento em que deixamos de crer nele; contudo, nós morremos no dia em que a nossa vida deixa de ser atingida pelo esplendor do milagre que excede à razão humana.”(Dag Hammarskjöld, sueco, especialista em economia política e secretário-geral da Organização das Nações Unidas de 1953 até a sua morte, em 1961, aos 56 anos)
 
- A lógica de Nicodemos me parece clara: Deus deve existir, e Jesus deve de fato ser Deus, porque como explicar racionalmente os milagres que temos assistido? "Mestre, sabemos que ensinas da parte de Deus, pois ninguém pode realizar os sinais miraculosos que estás fazendo, se Deus não estiver com ele"
 
- A racionalidade fica sem respostas diante dessa pergunta até os nossos dias: Se não há Deus, como explicar tudo isso? A fé responde as perguntas que a Razão formula e se vê impedida de responder... por isso, o mistério da adoração não está somente na inteligência e sim também na experiência. Tudo é uma questão de equilíbrio, repito... a letra pura, além de cegar, como se isso não fosse suficiente: “mata”.
 
- E quantos temos visto por ai... mortos pelas letras, ávidos em fazer criticas a igreja, a Bíblia, ao pastor, ao mundo, incluindo a si mesmo... justamente por terem como único referencial de avaliação o intelecto, a frieza da razão, a como diria M. Kundera “a insustentável leveza do ser”...
 
FT. O perigo de uma adoração só com a mente existe porque:
 
02. A intelectualidade pode gerar inibições em relação à fé: (vv. 4-7)
 
4 Perguntou Nicodemos: "Como alguém pode nascer, sendo velho? É claro que não pode entrar pela segunda vez no ventre de sua mãe e renascer!" 5 Respondeu Jesus: "Digo-lhe a verdade: Ninguém pode entrar no Reino de Deus, se não nascer da água e do Espírito. 6 O que nasce da carne é carne, mas o que nasce do Espírito é espírito. 7 Não se surpreenda pelo fato de eu ter dito: É necessário que vocês nasçam de novo.
 
- Jesus deixa Nicodemos “em crise”! Ele que saíra de casa aquela noite para discutir sobre a fé em Jesus, se vê em um xeque mate: a fé não é questão de sangue familiar, de status social, de saber intelectual, de tradição religiosa... mas, fé era questão de eleição divina: quem nascesse de Deus poderia pertencer ao Reino de Deus!
 
- Isso chocou Nicodemos, como choca muita gente hoje... que se aproxima de Jesus cheio de credenciais que são esvaziadas uma a uma... a afirmação foi categórica: É necessário que vocês nasçam de novo. Repare comigo que Jesus não disse que seria necessário que nós nascêssemos de novo... Jesus não se inclui... ele sim, era totalmente divino... nós somos criaturas espirituais vivendo realidades fortíssimas da vida natural!
 
- A expressão grega é genetemai anoten, “nascer do alto”, “nascer do topo”, em outras palavras “nascer de Deus”, a iniciativa sempre é dEle!!! Como Champlim comenta: “ninguém pode contemplar o processo da regeneração; o processo é secreto e invisível, embora os resultados sejam evidentes” (Bruce).
 
- E esse novo nascimento se daria simultaneamente em dois símbolos: água e Espírito. Vamos lá ao significado disso. Na mente de Nicodemos, um judeu piedoso a água representava os banhos de purificação que os judeus eram submetidos para se tornarem puros para as celebrações litúrgicas do templo. Logo, representa a pureza que é resultado de um arrependimento.
 
- O Espírito corretamente grafado com a letra E, maiúscula em João representa a terceira pessoal da Trindade, o Consolador, o paracleto, aquele que viria para convencer o mundo do juízo, da justiça e do pecado. (João 16). Tenho aqui uma oração bonita de Anselmo de Cantuária, do séc. XI d.C:
 
“Vem, Espírito Santo, vem, Mestre dos humildes e Juiz dos altivos. Vem, esperança dos pobres, conforto dos cansados. Vem, estrela sobre o mar, salvação no naufrágio. Vem, glorioso adorno de todos os viventes, de todos os mortais única salvação. Vem, Espírito Santo, comisera-te de nós. Prepara-nos para tua obra. Preenche nossa pobreza com teu poder, vem de encontro à nossa fraqueza com a plenitude de tua graça.”
 
- Compreendendo a atuação do Espírito em nossa experiência em Cristo Jesus, tenho de modo claro que “nascer do Espírito” é ser convencido pelo Espírito de nossa incapacidade para a salvação e o instrumento para o nosso acesso ao novo nascimento é a fé.
 
- Em tese então: nascer da água: arrependimento; e nascer do Espírito: fé. Ambos, fé e arrependimento, são veículos que implantam em nós a semente do novo nascimento e nos faz conscientes e certos de nossa salvação.
 
- Calvino vai dizer: “devemos, assim, meditar durante toda a nossa vida no fato de que, estando mortos para o pecado e para nosso próprio eu anterior, possamos viver para Cristo e sua justiça”.
 
 FT. O perigo de uma adoração só com a mente existe porque:
 
03. Somente Cristo satisfaz plenamente o ser, tendo poder para salvar o homem.
 
- E este processo não pode ser compreendido humanamente! Daí Jesus terminar o seu argumento dizendo:
 
O vento{2} sopra onde quer. Você o escuta, mas não pode dizer de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todos os nascidos do Espírito"
 
- Assim como o vento esconde um mistério em sua origem e fim, bem como em seus movimentos nada ordenados e planejados, o nascimento espiritual é uma realidade apenas confirmada pelo prisma espiritual. E a adoração está encharcada dessa dimensão misteriosa, a que devemos apenas nos humilhar, reconhecendo nossa ignorância para com as “coisas do Espírito”.
 
- Pr. Fernando Fernandes vai dizer que Jesus não intelectualizou o seu discurso, apenas desafiou o sábio a romper com as amarras da intelectualidade e do racionalismo cético para simplesmente... deixar-se ser conduzido pelo “vento do Espírito”.
 
- Esse vento enigmático, que não pode ser percebido racionalmente, mas pode ser sentido “experiencialmente”, representa na minha argumentação o espaço que a nossa adoração pessoal precisa dar ao “Totalmente Outro”. Um silencio humano diante dos mistérios de Deus dá à adoração um colorido empolgante e criativo. Quero ser entendido aqui: refiro-me ao mergulho em realidades não compreensíveis pelo intelecto, mas confirmados por Deus na nossa “intuição espiritual”.
 
- Sei do risco que corro de ser mal compreendido... mas, mesmo assim me arrisco a dizer: muito da nossa frieza espiritual decorre do fato de querermos entender por demais um agir divino que não cabe em nossos próprios conceitos e preconceitos aprendidos... percebo que precisamos ser mais ousados em arriscar... claro... tendo apenas as Escrituras como limite!!! E ela mesmo atesta: O vento{2} sopra onde quer.
 
- Se na nossa adoração não estivermos certos de que, nossos esforços intelectuais são insuficientes para conter as expressões do Deus que quer se comunicar com a gente... iremos viver o “Deus dos nossos pais”, sem conhecer o “Deus da nossa experiência pessoal”!
 
- Concordo com Francis Schaeffer que “nenhum esforço humano moral ou religioso, humanista ou autônomo pode ajudar o homem para a salvação”. Tudo é obra de Deus... Nós não podemos adorar a Deus como queremos, e sim como ele determinou em suas Escrituras:
 
“... mas a maneira aceitável de se cultuar o Deus verdadeiro é aquela instituída por Ele mesmo, e que está bem delimitada por sua própria vontade revelada, para que Deus não seja adorado de acordo com as imaginações e invenções humanas, nem com as sugestões de Satanás, nem por meio de qualquer representação visível ou qualquer outro modo não prescrito nas Sagradas Escrituras.” (Confissão de Fé Batista de 1689)
 
 

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